A implementação do EDI no mundo: Europa, Estados Unidos, América Latina
O intercâmbio eletrônico de dados (EDI) foi concebido de uma forma diferente em cada região do mundo. Na Europa, Estados Unidos e América Latina adotaram essa tecnologia em seus negócios com objetivos distintos. Isso significa que as taxas de adoção e, principalmente a forma de perceber os benefícios do EDI diferem muito de um lugar para o outro. Para alguns, é uma ferramenta imprescindível na operação às empresas, para outros é um gerador de custos. Neste post analisamos como o modelo de implantação evoluiu.
O EDI na Europa
A adoção do EDI na Europa teve como objetivo, desde os início, uma otimização igualitária entre todos os participantes da cadeia de suprimentos. O propósito era que esta ferramenta permitisse um fluxo de comunicação integro, seguro, confiável e ágil nas operações de abastecimento e distribuição.Esta visão provocou um crescimento tecnológico do EDI nas empresas. De fato, hoje em dia trata-se de uma ferramenta que forma parte de uma cultura de fornecedores e varejistas nas operações diárias.
Como funciona o EDI na Europa?
Diferente do que ocorre na América Latina, na Europa cada varejista possui uma única empresa de EDI e uma única conectividade. Isto não significa que todos seus fornecedores tenham que trabalhar como o mesmo partner tecnológico para poder conectar com seu cliente. O que ocorre é que a VAN do distribuidor se comunica com a VAN do fornecedor através de interconexões (intervan).Na América Latina os novos fornecedores podem escolher trabalhar com qualquer uma das VANS homologadas pelo varejo. Mas, ainda que o distribuidor conheça outras redes, toda sua operação estará unificada apenas em uma. Isso reduz os custos com equipes responsáveis pela gestão.Outra diferença é que na Europa o intercambio ocorre num número maior de mensagens que permitam extrair benefícios do EDI a todos os atores envolvidos na cadeia de suprimentos:
- Informação do distribuidor
- Catálogo de preço
- Pedidos de compra
- Resposta de pedidos
- Alterações de pedido
- Aviso de expedição
- Resposta de aviso de expedição
- Fatura
- Relatórios de Vendas
- Inventarios
O EDI nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, a utilização do EDI equipara-se com a Europa. Trata-se de um mercado maduro, que tradicionalmente tem impulsado o setor varejista, a indústria farmacêutica, editorial e a automação.Atualmente esta tecnologia cresce no setor logístico. E o mesmo ocorre em outras regiões onde os fornecedores recomendam a seus operadores logísticos a adotar o EDI para reduzir custos e melhorar o fluxo de comunicação.Enquanto isso, pequenos negócios ainda permanecem fora desse sistema. No lugar de implementar o EDI, opta-se por outras soluções tecnológicas intermediárias, como os portais web.
Como funciona o EDI nos Estados Unidos?
Os Estados Unidos é um mercado aberto, em que cada empresa pode decidir com que partner tecnológico quer trabalhar. Ainda assim, as empresas elaboram uma lista de fornecedores recomendados, que muitas vezes devem certificar-se previamente para garantir a confiabilidade.No caso das mensagens, a América Latina está mais focada ao cumprimento fiscal, buscando-se um benefício da empresa. O propósito é reduzir custos, melhorar os processos de trabalho e obter o retorno da inversão.Nos últimos anos, a tendência é a de explorar a mineração de dados para fornecer mais informações para parceiros sobre as mensagens, como o prazo médio de pagamento.
O EDI na América Latina
A expansão do EDI na América Latina começou através dos varejos. Os primeiros pilotos que se iniciaram na região, com um fluxo de comunicação estruturado e unidirecional. Ou seja, a participação dos fornecedores passivos.Essa concepção tem se mantido boa parte até a atualidade, de modo que o EDI se baseia nos benefícios do distribuidor mas não no fornecedor. Para eles, a ferramenta é vista como um “gerador de custos” que devem utilizar por obrigação dos seus clientes.Nesta região cabe destacar o México com o uso do EDI, impulsionado pelo desenvolvimento avançado do país em matéria de faturamento eletrônico. Os fluxos de envio e recepção das faturas eletrônicas são fluxos de EDI, pela obrigatoriedade do CFDI, permitiu as empresas a estender seus projetos EDI ate o B2B, com o objetivo de otimizar suas cadeias de abastecimento e fazer mais eficientes os processos internos. O setor do varejo é um dos mais um dos mais revolucionários neste pais, mas também a logística e setor automotivo
Como funciona o EDI na América Latina?
O mais habitual é que os varejos homologuem as principais empresas de EDI no país para que tenham conectividade com seus sistemas e sejam elas as que se encarreguem de fazer a transmissão dos pedidos aos fornecedores. Esses podem elegir que a VAN escolhida pelo varejo, querem trabalhar.Trata-se portanto de um modelo em que todo o peso da gestão de VANS conectadas recaem do distribuidor. Uma forma de operar que requer um excesso de trabalho o nível pessoal de tarefas.Na America Latina, mensagens EDI trocados por aderir a estas três:
- Pedidos de compra
- Alterações de pedido
- Fatura eletrônica
O que retarda a adoção de EDI na América Latina?
A EDICOM trabalha para uma expansão de EDI na América Latina com base nos modelos europeus e americanos. O objetivo é que as empresas são capazes de obter maiores benefícios da adoção desta ferramenta, que aumenta a segurança, reduz os erros e maximiza a economia de custos.No entanto, para alcançar progressos nesta matéria, é necessário abordar quatro desafios:
- Os aspectos culturais.
- A falta de uma visão holística.
- A baixa interação entre fornecedor e varejo.
- Falta de compreensão do EDI como uma ferramenta-chave para as operações de cadeia de fornecimento.